tag:blogger.com,1999:blog-11798858182414361782024-03-12T20:24:38.983-03:00ASTRONAUTA LÍRICOFlávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-1179885818241436178.post-39686504528425749092018-09-02T22:17:00.000-03:002018-09-02T22:17:35.811-03:00Stanley Turrentine Sugar<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/sk5Zv6aW1Lg?fs=1" width="459"></iframe>Há muito que essa música não sai da minha cabeça. Mas hoje ela veio forte e bateu aquela nostalgia. No final dos anos 70 tive o primeiro contato com este disco. Na primeira audição percebi que estava entando num mundo que não tinha mais volta. Da estética do bom gosto. Harmonia, técnica, improviso, exaltação e talento. Transpirar junto com o músico como estivesse ao vivo tocando ao seu lado, sorrir e vibrar nos momentos em que eles também vibraram, entendendo perfeitamente o que elas acabaram de "dizer". Mais tarde descobri quem era Freddie Rubbard, Stanley Turrentine, George Benson, Billy Cobham, Airto Moreira, Ron Carter. Entrar no mundo de Miles DAvis, John Coltrane e outros mestres foi o passo seguinte. E até hoje não me canso de me emocionar e de me surpreender.Flávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1179885818241436178.post-49469350318429342172009-10-09T23:22:00.000-03:002018-09-02T22:13:37.276-03:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis4xoF0ZieP0UA8qMhLPRZEvkU9QpHVhEJXDjPzg3dY5NYUH5oRAEvzTTF1bNgZfzLS5lS24PVNKJV4H4aLakEcGxGbhtylJrAcBlF3ye4Zhax15RHg0odAqqlQ2EfUTd-RvR-q-l3ROU/s1600-h/130909+072.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390792303498034386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis4xoF0ZieP0UA8qMhLPRZEvkU9QpHVhEJXDjPzg3dY5NYUH5oRAEvzTTF1bNgZfzLS5lS24PVNKJV4H4aLakEcGxGbhtylJrAcBlF3ye4Zhax15RHg0odAqqlQ2EfUTd-RvR-q-l3ROU/s200/130909+072.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 150px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 200px;" /></a><br />
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Parei!<br />
Sigo em frente?</div>
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Quanto tempo mais suportarei ou me será permitido ficar?</div>
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Contemplo o que pode ser o último momento.</div>
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O momento da espera, da resposta que não vem...</div>
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Será que fiz a pergunta certa?</div>
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<em>Foto tirada pelo meu filho Nicolas</em></div>
Flávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1179885818241436178.post-8613800990485733932009-09-29T11:33:00.000-03:002009-10-30T15:21:06.310-02:00Ao descer a Serra do Rio do Rastro, ouvindo Vitor Ramil, percebi o quanto a vida pode ser <br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyObaznqmvmvWOVzIKv2hGDCwMZuTl8HVOz6QHPPy8KdliU182yjDGfMUtICpYNQnYIA7uGpIl7kRwp3spXUQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br />generosa conosco. A sensação de infinitude que o visual lá de cima proporciona e o contato com a estrada, durante a viajem, me levando a entrar no mundo real de novo, mexeu profundamente comigo a ponto de querer subir a serra de novo, e por lá ficar.<br />À medida que ia descendo, e vendo aqueles paredões verdes ficarem pra trás, me veio uma nostalgia enorme, como se a minha alma ainda estivesse presa naqueles penhascos, canions, cascatas, formações rochosas de Urubici. Relutava em seguir viajem. O calor que começava a sentir, a poluição visual das cidadedizinhas, com sua gente barulhenta e o trânsito pesado, de retorno de feriadão, levou-me a acelerar ainda mais, pois retornar já não podia mais, então que eu chegasse o mais rápido possível, ao meu destino.<br />Incrível, mas agora me veio à lembrança, um sentimento que me ocupou grande parte da minha vida. Sempre começava o ano, marcando num calendário os dias que iam passando e riscava os dias, as semanas e os meses. E assim, ia fazendo até que o ano acabasse. Não via a hora para que a semana, o mês, enfim, o ano acabasse logo. Incrível não? Mas a sensação era justamente essa, já que não dava pra voltar, então que se fosse o mais rápido possível para que esse sofrimento passasse logo....<br />Ora, não podia ser diferente, já que quando jovem não me via passando dos 33 anos. Acreditava que assim que chegasse no ano 2000, com a idade de Jesus Cristo, estaria findada minha jornada. Ou o mundo se acabaria, ou apenas, fim!<br />Bom, os anos se passaram e meu filho nasceu em 2000 (vejam que coincidência)! Morri? Não sei, mas algo mudou...<br />Agora já não penso assim, não marco mais no calendário os dias que se passam, mas ainda tenho essa sofreguidão de chegar logo lá....<br />Essa experiência nos Canions, que tive esse ano, indo duas vezes, uma em São José dos Ausentes e outra em Urubici, me marcaram nesse sentido. Outro tempo, outro rítmo na vida e outra visão do mundo (subterrâneo ou das alturas) percebi que era possível ter.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhikFiNQqHqlnOoidc3BI_iMgk3AbOAniXDlo4rzK1V91yW8Igpr5I_TAkJL79aF6rQr_kI-uEXp2jmDVmjIqOkZoHEUJyc1r_VuczkzzXJJKgntT3P-cuWEXK9tWDRZkXhAAqrd3co_Ko/s1600-h/DSC06062.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhikFiNQqHqlnOoidc3BI_iMgk3AbOAniXDlo4rzK1V91yW8Igpr5I_TAkJL79aF6rQr_kI-uEXp2jmDVmjIqOkZoHEUJyc1r_VuczkzzXJJKgntT3P-cuWEXK9tWDRZkXhAAqrd3co_Ko/s200/DSC06062.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386906973514814466" border="0" /></a>Quando me deparei com esse pôr-do-sol, indicando minha meta, percebi claramente isso. Depois de muitas voltas e reflexões, precisava de um descanso...Flávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1179885818241436178.post-57343689537250779882009-07-07T14:06:00.000-03:002009-07-07T14:55:00.457-03:00Indo ao teu lado, leve, pensativo....<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWG6hsuhaeqJm2Y_QWZE8gVflKXcQKxPXq0ZRSR45hsfPvekRL2Iy8G5fnyQYRyvAu6YaBE1tBIWp_hBF8mAIjzga8SJRlnBtJVh45OKU3b0SjhSD-aEHnlpmY1oPTVYhxeUFOXiNCTOk/s1600-h/DSC05889.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWG6hsuhaeqJm2Y_QWZE8gVflKXcQKxPXq0ZRSR45hsfPvekRL2Iy8G5fnyQYRyvAu6YaBE1tBIWp_hBF8mAIjzga8SJRlnBtJVh45OKU3b0SjhSD-aEHnlpmY1oPTVYhxeUFOXiNCTOk/s200/DSC05889.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355766151737002178" border="0" /></a><br />Enfim, inicio esta jornada virtual, para trazer algumas reflexões e vivências desta minha caminhada por estes pagos da Terra. O que teria de tão relevante para dizer? Que fatos ou sentimentos teria para contar às pessoas, na sua grande maioria desconhecidas, que já não teriam sido ditos? Como poderia me expôr assim, sem que isto se tornasse uma demonstração de narcisismo ou de extrema vaidade? Logo eu, com essa típica personalidade introspectiva, por vezes, mau-humorada, distímica...<br />Foi quando cheguei a conclusão, após ler "A TRÉGUA", de Mário Benedetti, que este Blog serviria quase que como um testamento-diário, onde eu apresentaria os meus "bens pessoais", para serem distribuídos, ainda em vida, e certamente por um tempo bem maior, já que o espaço virtual perdurará por muito mais...<br />Mas que "bens pessoais" seriam estes? Não esperem que eu aqui anexe o meu Imposto de Renda. Isto não importaria e nem diria quem eu sou.<br />Mas também não quero tornar esse espaço um "set" terapêutico. Para isso eu tenho o Gélson, grande terapeuta.<br />Pois será, na sutileza e nas entrelinhas dos meus pobres textos, com este meu parco português, relatando minhas viagens, comentando sobre filmes ou shows; nos arquivos das minhas fotos pessoais (de um amadorismo tamanho) ou nos links que remeterão às músicas, vídeos e outros sites e blogs, que me conhecerão melhor.<br />Dedico esse espaço ao meu filho, Nicolas, "meu herdeiro". Espero que em alguns anos ele possa discernir melhor, entre tanto lixo emocional que eu deixei, aquilo o que eu realmente quis que ele soubesse: o quanto eu o amo!<br /><br /><blockquote></blockquote>Flávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1179885818241436178.post-103090554352496692009-06-28T21:00:00.000-03:002009-06-28T21:01:36.043-03:00Astronauta Lírico<h2 id="sz">Vitor Ramil</h2> <p>Vou viajar contigo essa noite<br />Conhecer a cidade magnífica<br />Velha cidade supernova<br />Vagando no teu passo sideral<br /><br />Quero alcançar a cúpula mais alta<br />Avistar da torre a via-láctea<br />Sumir ao negro das colunas<br />Resplandecer em lâmpadas de gás<br /><br />Eu, astronauta lírico em terra<br />Indo a teu lado, leve, pensativo<br />A lua que ao te ver parece grata<br />Me aceita com a forma de um sorriso<br />Eu, astronauta lírico em terra<br />Indo a teu lado, leve, pensativo<br /><br />Quero perder o medo da poesia<br />Encontrar a métrica e a lágrima<br />Onde os caminhos se bifurcam<br />Flanando na miragem de um jardim<br /><br />Quero sentir o vento das esquinas<br />Circulando a calma do meu íntimo<br />Entre a poeira das palavras<br />Subir na tua voz em espiral<br /><br />Eu, astronauta lírico em terra<br />Indo a teu lado, leve, pensativo<br />A lua que ao te ver parece grata<br />Me aceita com a forma de um sorriso<br />Eu, astronauta lírico em terra<br />Indo a teu lado, leve, pensativo<br /><br />Vou viajar contigo essa noite<br />Inventar a cidade magnífica<br />Desesperar que o dia nasça<br />Levado em teu abraço sideral<br /><br />Eu, astronauta lírico em terra<br />Indo a teu lado, leve, pensativo. </p>Flávio Silveirahttp://www.blogger.com/profile/15673441407723045099noreply@blogger.com1